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5 de abril de 2011

Textos interessantes preparação de uma aula mais dinâmica sobre os índios

Índio brasileiro.
Índio: figura histórica que ficou como patrimônio nacional?

Será que este índio histórico ficou no passado e hoje é uma figura exótica que se exibe aos turistas?

Deixando de lado a situação indígena hoje, pois não é o propósito deste texto discuti-la - temos estudiosos e especialistas competentes para tanto - vamos mostrar um pouco sobre a herança artística dos índios.

As nações indígenas eram muitas e variadas na época em que os portugueses aqui chegaram. Com suas culturas e crenças.

Você acha que as tatuagens e "piercings" são coisas modernas?

Pois os índios já usavam pinturas corporais e adereços nas orelhas e lábios desde os tempos mais remotos.

Estas pinturas corporais ainda são feitas e são usadas no dia-a-dia e em ocasiões especiais como as festas, lutos, guerras, etc.

Através das pinturas identificam-se as tribos, suas crenças e mesmo membros de uma mesma tribo.

Os índios gostam muito de se embelezar e também pintam o corpo para este fim.

As tintas usadas são retiradas da natureza: do urucum, o amarelo e vermelho e do jenipapo o azul e preto.

Também são retiradas da natureza as sementes, penas, ossos etc. com que são feitos os adereços como colares, brincos, cocares e as armas.

Temos também na cerâmica uma arte bastante desenvolvida. Utilizando argila os índios modelam vasos, recipientes para uso doméstico e também pequenas esculturas que mostram as atividades da tribo.

As cestarias são muito utilizadas pelos índios; com seus trançados formam utensílios para diversas atividades como a pesca e a caça, a música (a maracá), uso doméstico (peneira, cesto para transporte de alimentos), abano, além da própria casa.

Os índios gostam de cores fortes, sempre extraídas da natureza, dança e festa.

Será que podemos perceber em nossos dia-a-dia objetos, enfeites, gostos pela dança e música alguma influência destes povos que ao fazerem coisas triviais para uso diário ou em ocasiões especiais nos deixou uma herança artística bastante vasta e rica?

O índio brasileiro não é uma figura exótica mostrando seus artesanatos.

Toda sua riqueza cultural é um patrimônio que devemos reconhecer e valorizar.

MUITO ALÉM DO COCAR

No Dia dos Índios, fuja dos estereótipos e prepare aulas mais dinâmicas com a ajuda de um jogo da memória.

Por: Roberta Bencini

Você sabe preparar uma boa aula comemorativa do Dia dos Índios? Então
responda: quantos povos e línguas existem no Brasil? Quem pensou em Guarani e Kaiapó acertou apenas as duas mais conhecidas entre as mais de 200 nações, que falam 117 línguas.

Como se vê, trabalho não falta para o professor que pretende formar alunos que reconheçam suas raízes e sintam orgulho delas.

O primeiro passo é combater visões preconceituosas. A professora Ana Vera Lopes Macedo, que faz parte do Mari ("aprender", na língua kaiapó) — Centro de Pesquisas de Educação Indígena da Universidade de São Paulo, sugere que você pergunte aos alunos o que elessabem e pensam sobre o assunto. "Preguiçosos, exóticos e moradores da floresta são características que surgem com freqüência", lamenta.

Contra esses clichês, ela propõe uma pesquisa sobre os deveres de homens e mulheres numa aldeia. Explique que exóticos também são os homens de terno e gravata, sob o ponto de vista dos índios — que, aliás, não moram apenas na floresta, mas também no cerrado, no litoral e em centros urbanos.

Marina Kahn, antropóloga do Instituto Sócio-ambiental, uma organização não governamental que defende culturas indígenas, faz mais uma recomendação: esqueça a nomenclatura oficial, Dia do Índio, no singular, e use-a no plural. "Não existe apenas um, mas vários índios", afirma.

Fuja das carinhas pintadas

Para os alunos de 1ª a 3ª série, a professora Marisa Szpigel, da Escola da Vila, em São Paulo, sugere a leitura de textos que relatem a relação de pais e filhos nas tribos e seus mitos. Depois, propõe a realização de pinturas corporais baseadas nas cores das peles de animais.

Para as turmas de 1ª a 6ª série, Ana Vera Lopes Macedo sugere que os alunos, divididos em grupos, pesquisem diferentes etnias. Depois de um seminário, cada turma deve trazer duas fotos do povo pesquisado. Construa então um jogo da memória (como o das fotos que ilustram esta página), que vai ajudá-los a assimilar as diferenças.

Para os alunos de 5a a 8a série, peça a análise do mapa Terra Brasilis, desenhado à mão por volta de 1519, que pode ser encontrado em vários livros de História. Como seria um mapa feito pelos índios?

FONTE: CEMEPE - CENTRO MUNICIPAL DE ESTUDOS E PROJETOS EDUCACIONAIS JULIETA DINIZ

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