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4 de abril de 2011

Mini projeto: Brincadeiras índigenas


Através de brincadeiras, as crianças indígenas aprendem várias coisas: caçar, pescar, plantar, fazer panelas de barro, trançar cestos e outras coisas mais. As crianças sempre acompanham seus pais nessas tarefas.

Nas aldeias, as crianças brincam com os seus animais de estimação: cachorro, arara, macaco, coati e papagaio. Muita farra nos banhos de rio e nas corridas pela mata. Aprendem muito com as histórias contadas pelos índios mais velhos sobre animais e plantas, origem do mundo, além da própria história do seu povo e de seus costumes.

Proponha aos seus alunos algumas das brincadeiras indígenas:

A Brincadeira do Sapo Taroké - Brincadeira dos índios Tukano - Alto Rio Negro, AM.
O Tuxáua (chefe) Sapo reúne seus parentes numa fila em sua aldeia, para perguntar o que cada um quer comer. Os sapos só podem responder mosquitos (carapanã). Aqueles que falarem outros alimentos como frutas (cuki, uacu e umari) ganham veneno do Tuxáua Sapo e morrem. Só sobreviverão os que acertarem a verdadeira alimentação dos sapos: os insetos. Como prêmio, os vencedores farão parte do grupo do chefe.

O Jogo do Uiraçu (Gavião) Brincadeira dos índios Canela - Barra do Corda, MA.
Uma criança representa o gavião e as outras formam uma fila, começando pelos mais altos. Cada criança abraça forte o colega da frente, com os dois braços passando por baixo dos braços do colega. O gavião, solto, grita "Piu" (tenho fome). O primeiro da fila mostra suas pernas "Tu senan síni?" (quer isto?). O gavião diz "É pelá" a todas elas, menos para a última a quem diz "Iná!" (sim); e sai correndo atrás dela. O grupo, sempre abraçado, tenta cercar a ave. Se o gavião agarrar a criança, leva-a para o seu ninho. O jogo continua até que o animal agarre todas as outras crianças maiores de acordo com a ordem- Disponível em: http://www.museodoindio.org.br/

Oficina de criação
Propor aos alunos que pintem macarrões furadinhos e façam colares, pulseiras, cintos e tornozeleiras imitando arte indígena. Para fazer um cocar é só colar penas coloridas entre os macarrões.
Proponha uma pesquisa referente às contribuições indígenas: nomes, culinária, artes etc.

PRECE ANTIGA

Ó Grande Espírito, cuja voz eu ouço no vento,
Cujo alento dá vida a todo o mundo.
Escuta-me; eu necessito sua força e sabedoria.
Deixa-me andar na beleza e faça com que meu olhar
Sempre observe o pôr do sol vermelho e púrpuro.
Faça com que minhas mãos sempre respeitem tuas coisas
E meus ouvidos afinados para ouvir tua voz.
Torna-me sábio para que eu possa entender
As coisas que ensinaste ao meu povo.
Ajuda-me a permanecer calmo e forte
Diante de tudo que venha em minha direção.
Deixa-me aprender as lições que escondeste
Em cada folha e em cada rocha.
Ajuda-me para que eu busque pensamentos puros
E aja com a intenção de auxiliar os outros.
Deixa-me encontrar compaixão sem que a pena me oprima.
Eu procuro força, não para ser maior que meu irmão,
Mas para lutar contra meu pior inimigo – Eu mesmo.
Faz com que eu esteja sempre pronto para vir diante de Ti
Com mãos limpas e olhos diretos.
Para que quando a vida desvanecer-se, como um esmaecido pôr de sol,
Meu espírito possa chegar a ti sem nenhuma desonra.
Que você possa sempre caminhar na Beleza.

CERIMONIAL DE CURA DA TERRA


 
Ó Grande Criador, venho diante de Ti humildemente
E te ofereço esse cachimbo sagrado.
Com lágrimas nos olhos e uma antiga canção do meu coração,
Eu oro.
Aos quatro poderes da Criação,
Ao Grande Pai Sol, à Grande Mãe Lua,
À Mãe Terra e aos meus ancestrais.
Eu faço uma prece pelas minhas relações na
Natureza,
Por todos aqueles que caminham, arrastam-se, voam
e nadam,
Os que se vêem e os que não se vêem,
Aos bons espíritos que existem em cada parte da
criação.
Eu peço que abençoes nossos anciães
E crianças e famílias e amigos,
E os irmãos e irmãs aprisionados.
Eu oro pelos que estão doentes devido a drogas e álcool
E por aqueles sem casa e desamparados.
Eu também rezo pela paz entre as quatro raças da humanidade.
Que possa haver boa saúde e cura para esta Terra,
Que haja Beleza acima de mim,
Que haja Beleza abaixo de mim,
Que haja Beleza ao redor de mim.
Eu peço que este mundo seja repleto de Paz, Amor e Beleza.

FONTE: CEMEPE - CENTRO MUNICIPAL DE ESTUDOS E PROJETOS EDUCACIONAIS JULIETA DINIZ

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