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13 de abril de 2011

Histórias criativas 1: O peixinho vaidoso



Era uma vez um peixinho muito vivo, e esperto, que se chamava Pulinho.
O passatempo predileto de Pulinho era nadar de um lado para outro do rancho em que vivia fazendo uma porção de peraltices.
Gostava principalmente, de saltar entre as pedrinhas escuras e de nadar junto ao capim tenro e verde que crescia nas margens do regato. Um dia, Pulinho avistou no fundo do rio uma caixa de tintas, que havia caído do bolso de um pintor.
Que lindas tintas! Azul, verde, vermelho, amarelo ...
Que fez Pulinho? Passou um pincel nas tintas e pintou de amarelo todas as escamas.
Mirou-se no espelho e achou-se muito bonito. Era agora um peixinho amarelo.
Não contente com essa cor, que fez ainda o peralta? Apanhou a tinta azul pintou uma faixa na cintura. Quem já viu, algum dia, peixe amarelo com faixa na cintura?
O peixe velho, que tinha juízo e era sossegado, ao ver aquilo ficou assustado e disse:
__ Cuidado Pulinho, cuidado! Essa pintura pode fazer mal a você! Mas achando que não havia perigo algum, e muito contente começou a nadar, como fazia sempre, pulando entre as pedrinhas.
Um menino que brincava junto ao rio, mal avistou Pulinho, gritou para os companheiros:
__ Olha ali um peixinho amarelo com uma faixa azul na cintura!
Correram os meninos. Surgiram curiosos ... E todo mundo queria ver e pescar o peixinho amarelo que tinha uma faixa azul na cintura.
Vieram os pescadores com grandes redes, cestas e anzóis, faziam questão de apanhar vivo aquele peixinho tão interessante. Um marinheiro dizia:
__ Custe o que custar, hei de agarrar esse peixinho cor-de-canário. Nunca vi um peixe com faixa azul na cintura!
E desse dia em diante, o infeliz Pulinho não teve sossego. Passava o dia escondido entre as pedras, no fundo escuro do rio. Se aparecia para rincar, nos lugares claros e bonitos, era logo atacado pelas redes dos pescadores.
__ Olha o peixinho amarelo! Pega! Pega!
Pobre Pulinho! Que sustos terríveis ele não sofreu!
Nunca mais pôde nadar, como fazia sempre, junto ao gramado, ou saltar entre as pedrinhas redondas!
Pulinho muito triste procurou o Peixe-Velho e pediu-lhe que o livrasse daquela pintura. A pintura, porém, era tão forte, que não saía do corpo de Pulinho.
Que fazer? Peixe-Velho que não se atrapalhava com dificuldades, arranjou uma borracha e esfregou-a com força nas costas amarelas de peixinho peralta.
A tinta saiu, mas Pulinho perdeu uma poção de escamas.
Pulinho voltou a ser então o peixinho vivo e esperto que desde esse dia um diante, nadava e brincava nos lugares mais bonitos do rio.
 
FONTE: CEMEPE.

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