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22 de novembro de 2010

Natal: origem, curiosidades...



A 25 de dezembro de 274, Lúcio Domício Aureliano, que foi imperador de Roma de 270 a 275, inaugurou, com grandes festividades, os Jogos Circenses e o Templo de Midas, deus protetor do império e cultuado pelos romanos com o Sol Invicto.

Divindade de origem persa, Midas foi adotado pelos gregos e, depois, pelos romanos, pois os navegadores e os militares adoravam-no como o gênio dos elementos naturais.

Aureliano, criador da religião do sol, foi o primeiro imperador romano que foi saudado, oficialmente, como divindade.

Os cristãos da época aproveitaram-se das solenidades religiosas de adoração ao Deus Sol e das repercussões sociais delas para celebrarem o nascimento de Jesus, que São João chamou de Luz do Mundo.

A comunidade cristã do império romano tinha consciência de quem era Jesus, pois sua paixão e morte eram recentes e haviam acontecido no próprio império romano, que idolatrava pessoas e vícios. Além disso, todos os cristãos conheciam o sentido da mensagem do profeta Malaquias, que afirmava: "sobre vós, que temeis meu nome, levantar-se-á o Sol da justiça que traz a salvação em seus raios." (Ml 3, 20a).

A devoção religiosa que Aureliano inventara e a analogia que os cristãos fizeram da denominação dela coincidiram com a descrição bíblica, aplicavam-se à realidade messiânica e respondiam à expressão litúgica dos cristãos, que reconheciam o Menino - Deus como o verdadeiro sol que ilumina o mundo e o aquece.

Assim, pode-se afirmar que os romanos entenderam porque a comunidade cristã celebrava o Natal de Jesus, como o Filho do Deus verdadeiro, o Messias, o Salvador que foi aguardado por muitas gerações.

Simbologia

Desde a sua origem, o Natal é carregado de magia. Gritos, cantigas, forma rudimentar do culto, um rito de cunho teatral, o drama litúrgico ou religioso medieval ganha modificações no decorrer dos séculos.

Dos templos, a teatralização ganha praças, largos, ruas e vielas, carros ambulantes, autos sacramentais e natalinos. Os dignitários da Igreja promoviam espetáculos. Na evolução da história está a compreensão de todos os símbolos de Natal.
 
O Papai Noel

A figura do Pai Natal tem origem na história de São Nicolau, um santo especialmente querido pelos cristãos ortodoxos e, em particular, pelos russos.

Conta a história que São Nicolau, quando jovem, viajava muito, ficou a conhecer a Palestina e Egito. Por onde passava ficava na memória das pessoas devido a sua bondade e o costume de dar presentes às crianças necessitadas. Conta-se que o primeiro presente que o Papai Noel deu foram moedas de ouro, entregues a três meninas pobres.

Quando voltou a sua cidade natal, Patara, na província de Lícia, Ásia Menor, São Nicolau foi declarado bispo da cidade de Mira.

Com o tempo, o santo foi ganhando fama de milagreiro, sendo esse um dos temas favoritos dos artistas medievais. Nessa época, a devoção por São Nicolau estendeu-se para todas as regiões da Europa, tornando-o o padroeiro da Rússia e da Grécia, das associações de caridade, das crianças, marinheiros, garotas solteiras, comerciantes, penhoristas, e também de algumas cidades como Friburgo e Moscou.

Milhares de igrejas européias foram-lhe dedicadas, uma delas ainda no séc. VI, construída pelo imperador romano Justiniano I, em Constantinopla (Istambul).

A Reforma Protestante fez com que o culto a São Nicolau desaparecesse da Europa, com exceção da Holanda, onde sua figura persistiu como Sinterklaas, adaptação do nome São Nicolau. Colonizadores holandeses levaram a tradição consigo até New Amsterdã (a atual cidade de Nova Iorque) nas colônias norte-americanas do séc. XVII. Sinterklaas foi adotado pelo povo americano falante do Inglês, que passou a chamá-lo de Santa Claus - em português, Pai Natal.

A imagem do Papai Noel conhecida hoje foi criada em 1931 por um sueco beberrão chamado Haddon Sundblon, numa tentativa extremamente bem sucedida da Coca-Cola em conquistar o público infantil.

Pensava-se agarrar rapidamente a próxima geração de consumidores, assim a Companhia investiu na publicidade dirigida a menores de 12 anos, mesmo havendo um grande tabu quanto a isso na época. Esse aspecto acabou por reformular a cultura popular americana. O Papai Noel de Sundblon era o homem da Coca-Cola perfeito - eternamente alegre, alto, vermelho vivo, metido em situações engraçadas envolvendo um conhecido refrigerante como recompensa por uma dura noite de trabalho entregando brinquedos.

Antes das ilustrações de Sundblon, o santo do Natal foi variadamente vestido de azul, amarelo,verde ou vermelho. Na arte européia ele era em geral alto e magro, ao passo que Clement Moore o descreveu como um elfo em The Night Before Christmas.

Papai Noel em várias línguas

O nome do bom velhinho em português, todos os brasileiros conhecem, mas engana-se quem acredita que esse nome vale para o mundo inteiro. Cada país, cada língua, tem um nome diferente para o bom velhinho. Não podia ser diferente, afinal, ele entrega presentes pelo mundo todo.

• Papai Noel Alemão: Na Alemanha é chamado de Kriss Kringle, termo cuja tradução literal é Criança do Cristo.

• Papai Noel Francês: Na frança é chamado de Pere Noel.

• Papai Noel Espanhol: Nos países de língua espanhola o bom velhinho é geralmente chamado de Papa Noel.

• Papai Noel Norte Americano: Santa Claus é o nome dele nos Estados Unidos e no Canadá.

• Papai Noel Inglês: Father Christmas é o nome do bom velhinho em inglês, ele tem o casaco e barba mais longos.

• Papai Noel Sueco: Na Suécia Jultomten é o nome da famosa figura natalina.

• Papai Noel Holandês: Na Holanda, chama-se Kerstman.

• Papai Noel Finlandês: Na Finlândia, Joulupukki.

• Papai Noel Russo: Na Rússia, é chamado de Grandfather Frost ou Baboushka.

• Papai Noel Italiano: Na Itália, Belfana ou Babbo Natal.

• Papai Noel Japonês: Para os poucos cristãos do Japão ele é conhecido como Jizo.

• Papai Noel Dinamarquês: • Na Dinamarca, chama-se Juliman.

A Árvore de Natal

A tradição da árvore de Natal surgiu na Alemanha, no século XVI. As famílias germânicas enfeitavam suas árvores com papel colorido, frutas e doces. Somente no século XIX, com a vinda dos imigrantes à América, é que o costume espalhou-se pelo mundo.

Somente neste século começou-se a usar o pinheiro como símbolo do Natal. A verdadeira árvore do Natal é o pinheiro, embora, na falta desta, se use também outras árvores.

O pinheiro tem esse privilégio por ser uma árvore que nunca perde as folhas.

Nos países frios, no tempo do Natal, todas as árvores estão totalmente sem folhas, mas o pinheiro continua viçoso, com suas folhas verdes.

A árvore é o símbolo da vida, por isso nós a enfeitamos para receber a verdadeira vida: O Cristo. E assim como o pinheiro é sempre verde, está sempre manifestando e comunicando a vida, em qualquer lugar, em qualquer situação, assim é Jesus, sempre e em todo lugar Ele é para os seres humanos Vida.

Segundo uma antiga tradição alemã, a decoração de uma árvore de natal deve incluir 12 ornamentos para garantir a felicidade de um lar:

- Casa: proteção
- Coelho: esperança
- Xícara: hospitalidade
- Pássaro: alegria
- Rosa: afeição
- Cesta de frutas: generosidade
- Peixe: benção de Cristo
- Pinha: fartura
- Papai Noel : bondade
- Cesta de flores: bons desejos
- Coração: amor verdadeiro

Presentes

No Natal, os homens ganham o maior presente de todos os tempos, ganham o Filho de Deus que vive nas pessoas. E, assim como o Pai presenteou, acredita-se que, elas também querem retribuir, e como Deus mesmo afirmou que Ele vive no irmão, conclui-se que dando presentes aos irmãos, os homens, é como se estivessem dando a Ele próprio.

Um segundo motivo, é pela alegria que sentem pelo fato do nascimento de Jesus. Dar presentes aos outros, a si mesmo, a Deus é viver o cristianismo que é a religião do amor, da doação de si para a felicidade do irmão.

Simbolizam as ofertas dos três reis magos. Hábito anterior ao nascimento de Cristo.

Os romanos celebravam a Saturnália em 17 de dezembro com troca de presentes. O Ano Novo romano tinha distribuição de mimos para crianças pobres.

Coroa do Advento

A coroa ou guirlanda do advento é o primeiro anúncio do Natal, começa a aparecer no início do advento, um mês antes do Natal.

A coroa, como o nome indica, é uma guirlanda verde, sinal de esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha, que simboliza o amor de Deus que envolve todos, e também a manifestação do amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.

Na coroa encontra-se 4 velas, uma para cada dia do advento. Começa-se no 1º domingo, acendendo apenas uma vela, e, à medida que vão passando os domingos, acende-se as velas, até chegar ao 4º domingo quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam a fé, a alegria pelo Deus que vem.

O Presépio

A realidade do presépio faz penetrar os ensinamentos que constituem a doutrina de Jesus: pobreza, simplicidade, humildade, fé, docilidade, uma cadeia de ensinamentos para a vida cristã.

São Francisco de Assis montou, no Natal de 1223, o primeiro presépio, e hoje milhares de presépios são montados em igrejas, famílias, lugares públicos para celebrar o nascimento de Jesus e interpretar a nossa vida a partir dele. Por isso São Francisco de Assis, para sentir mais profundamente a mensagem do Natal, do nascimento de Jesus, idealizou o presépio, ou seja, a cena do ambiente onde Jesus nasceu.

Sinos

O nascimento de Jesus é a grande mensagem que precisa ser anunciada e comunicada a todos.

Além de sinal de anúncio, o sino é também sinal de alegria. Um grande acontecimento é anunciado com o toque festivo dos sinos.

No Natal quer significar, com os sinos, que se esta feliz com o fato do Filho de Deus se fazer homem e estar entre as pessoas, e se quer comunicar a todos esta alegria.

O desejo é o de que a mensagem do nascimento de Jesus, para a libertação dos homens, se espalhe forte e penetrante por todos os ares.

Ceia de Natal

A ceia, a refeição do Natal, quer significar que a nossa verdadeira vida é Cristo, o Filho de Deus que se esta festejando. Em Cristo há união e se tem a vida.

A ceia nos lembra outra ceia, a última ceia de Jesus onde Ele se deu às pessoas como alimento para ficar entre elas, através da Eucaristia.

Na ceia de Natal costuma-se colocar, no centro, uma vela acesa para simbolizar o Cristo que une em volta de si e que é a luz de todos.

Arranjos Secos

Os arranjos secos sugerem uma reflexão indireta: o que está seco é porque não tem vida.

Portanto, sempre que estiver longe de Jesus, se estar seco, pois só Ele é a vida e comunica vida. Jesus veio até os humanos para que tudo se desenvolva, tudo tenha vida.

Olhando arranjos secos, peça para todos e para todas as pessoas vida e as condições para se viver dignamente como filhos de Deus; que a pessoa de todo homem seja respeitada para que Jesus tenha condições de viver em todos, de se comunicar através dos outros.

Estrela de Natal

Na boa nova do nascimento de Jesus, os evangelistas narram que apareceu no céu uma estrela.

Os Magos, que vieram do Oriente à procura de Jesus, foram guiados por esta estrela até Belém.

A estrela tem 4 pontas e uma cauda luminosa. As 4 pontas representam as 4 direções da terra: Norte, Sul, Leste, Oeste de onde vêm os homens para adorar a grande luz que é o Filho de Deus.

Cristo é a estrela, que aponta o caminho da vida, e quanto mais se aproxima da sua luz, também luz e estrela, guiando outros ao encontro de Deus.

Bolas Coloridas

As bolas coloridas que adornam o pinheiro, significam os frutos da árvore viva que é Jesus.

As bolas são os dons maravilhosos que o nascimento de Jesus trouxe, são as boas ações daqueles que vivem em Jesus, como Jesus.

Jesus ensina o amor, o perdão, a verdade, a oração, a fé, a esperança, a compreensão, a docilidade à vontade do Pai...

Todas essas são atitudes de verdade, são boas ações, são como os frutos de nossa vida. Os que estão unidos a Jesus produzem também esses frutos.

As Velas

As velas simbolizam a presença de Cristo como luz do mundo. Ele próprio disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem anda comigo não anda nas trevas". Acendendo velas no Natal, se quer também significar a fé em Jesus, se quer lhe dizer que também se é luz para os irmãos, procurando viver como Ele viveu.

A função das velas é iluminar os que estão no escuro. Cada Natal deve renovar a nossa fé em Jesus e nosso empenho de viver nele, na sua luz; e assim, ser também com Ele, e como Ele, luz do mundo.

FONTE: Cemepe

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