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5 de maio de 2011

História e origem do Dia das Mães

Contextualização 1

Conforme mostra a história, o Dia das Mães foi idealizado nos Estados Unidos (EUA) pela professora Ana Maria Jarvis, cuja mãe faleceu em 09 de maio de 1905. Sentindo saudades, propôs que se homenageassem as mães, tanto as vivas, quanto àquelas já falecidas.

Estabelecido em reunião privada, então, no segundo domingo de maio de 1907 foi comemorado pela primeira vez o “Dia das Mães”, fato significativo simbolicamente principalmente para Ana Ruves Jarvis, mãe da referida professora. Contudo, a primeira comemoração pública ocorreu em 1908 e não em 1912, como geralmente se supõe.

No Brasil, a introdução deste evento aconteceu no Rio Grande do Sul, em 12 de maio de 1918, iniciando-se Eula Long. Em São Paulo, a primeira comemoração ocorreu no ano de 1921.

A oficialização aconteceu por meio de decreto no governo provisório de Getúlio Vargas, que em 05 de maio de 1932 assinou o decreto n.º 21. 366. Em 1947, a data foi incluída no Calendário Oficial da Igreja Católica por determinação do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jaime de Barros Câmara.

O mérito da mãe/mulher vincula-se ao desempenho de seus diversos papéis que de acordo
com investigações antropológicas demonstram sua capacidade afetiva; liderança; senso de justiça; iniciativa; dedicação e comprometimento.

Sabe-se que a maternidade é fundamental na evolução e história humana, podendo perceber que o estabelecimento do vínculo afetivo entre mãe e filho consiste na primeira ligação duradoura entre duas pessoas, originando os outros relacionamentos. A base da organização da sociedade é a mulher, seus filhos e descendentes.

A coleta e a divisão de alimentos com as crianças determinou o sentimento de cooperação e a socialização tribal, como acontece na atualidade em muitos grupos primatas.

Pesquisas revelam que a mulher no desempenho da sua função de mãe, teve papel essencial no surgimento da religião de Deusa Mãe, fonte da vida e criadora de tudo que existe.

O culto da Deusa Mãe, que de acordo com registros apareceu há cerca de 25.000 anos, fundamentando-se nos milagres do nascimento e criação.

Esses processos eram considerados totalmente femininos, haja vista que os povos primitivos desconheciam que o ato sexual resultava em gravidez.
 
CURIOSIDADE: DIA DAS MÃES NO MUNDO

2º domingo de maio – Estados Unidos, Brasil, Dinamarca, Finlândia, Japão, Turquia, Itália, Austrália e Bélgica

2º domingo de fevereiro – Noruega

2º domingo de outubro – Argentina

2º dia da primavera – Líbano

1º domingo de maio – Portugal

10 de maio – México

8 de dezembro – Espanha

Último domingo de maio – Suécia

4º domingo da Quaresma – Inglaterra

Contextualização 2

A mais antiga comemoração do Dia das Mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.

O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães, foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República".

Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães.

Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito aos pais.
 
Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração. Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis.
 
Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data. "Não criei o dia das mães para ter lucro."

O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia às mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Neste mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.

Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa à diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos.

Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todo, anos a fio, mas nunca chegou a ser mãe.

Curiosidade: Cravos: símbolo da maternidade

Durante a primeira missa das mães, Anna enviou para a igreja de Grafton 500 cravos brancos, que ela escolhera. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a serem comercializados.

No Brasil O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal - Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

A eficiência da campanha lançada em 1948 toca o coração de um filho em especial, mas nesse caso e emoção é motivada pelo pai, morto no ano 2000. "Ele sempre foi um homem à frente de seu tempo, um visionário. Suas criações tinham um conceito inovador, havia uma preocupaçãode que as imagens estimulassem o lado positivo das pessoas", orgulha-se o jornalista e empresário João Doria Júnior, filho de João Doria.

INCENTIVO AO COMÉRCIO

Segundo o economista Marcel Solimeo, da ACSP ( Associação Comercial de São Paulo ), o Dia das Mães é responsável por um aumento de 15% nas vendas de maio, em comparação a abril.

"Tirando o Natal, a variedade de produtos comercializados nessa data é maior do que em qualquer outra", diz Solimeo. "Para as mães só não vale roupa masculina." O economista também atribui os bons resultados à persistência das campanhas.

Outro fator em favor do comércio foi marcado um ano depois da criação do Dia das Mães, também por obra do publicitário João Doria. Dessa vez a inspiração foi o Valentine’s Day, que no Brasil foi batizado como Dia dos Namorados e passou a ser comemorado em junho em vez de fevereiro, como acontece em outros países. "Era um mês considerado fraco para as vendas, e meu pai achou que seria o momento ideal", explica Doria Júnior.

FONTE: Cemepe.

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