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28 de julho de 2009

Personagens Folclóricos

PIRACICABA COMPLETA MAIS UM ANO...01 DE AGOSTO

Personagens Folclóricos
Como não poderia deixar de ser, nosso município é rico culturalmente e no bojo de sua história “caipirescas” alguns personagens foram sendo criados e engendrados no cotidiano da cidade. São representantes fidedignos da resistência da história de um povo em figuras mágicas que muitas vezes até chegamos a nos deparar no nosso dia a dia.

Personagens Históricos e Folclóricos do Município:

Nho Quim
Nos anos quarenta, todo clube de futebol que disputava o Campeonato Paulista, possuía um símbolo. O do Palmeiras, por exemplo, era um Periquito, o do Corinthians, era um Mosqueteiro, e assim por diante. Quando o XV de Piracicaba ficou campeão da Lei do Acesso, em 1948, passando a disputar o campeonato principal do futebol paulista, não possuía nada que o representasse. Desta forma, foi criada pelo jornal “A Gazeta Esportiva” a imagem de um caipira para simbolizar o nosso XV, sendo batizado por Thomas Mazzoni, então redator daquele, de “Nho Quin”, e passando a ter feições na caricatura do imortal Édson Rontani. Cícero Correa dos Santos, fotógrafo, figura muito conhecida da cidade, se transformava em Nho Quin nas partidas de futebol animando a torcida e também as festas.

Bóia Fria

Gente de fibra, que desperta para a lida na madrugada de cada dia, forte trabalhador(a) que corta a cana de açúcar, tecendo um limiar entre a doçura do produto bruto, com a esperança de através do fruto do seu trabalho, transformar a qualidade da vida que leva. Dá sustento a muita gente, sua própria gente e para gente que desconhece seu sofrimento diário. Em sua marmita, o frio alimento que ingere é aquecido pelo salivar de idéias e sonhos de uma realidade melhor. Bóia Fria: Seu nome, sua vida, nosso povo.

CAIPIRA

Símbolo de nossa terra, de fala gostosa e cantada, o caipiracicabano, possui em sua gênese grande dose de sangue de indígenas, nossos primeiros habitantes; dos bandeirantes, desbravadores audazes que aqui chegaram, e dos monçueiros, navegantes que chegaram por nossas águas; formando assim o retrato vivo e fiel dessa gente que compõem o cenário local. O caipira construiu não só nossa “fala arrastada”, mas toda uma cultura que se diferencia pela singeleza de tudo aquilo que vem do campo, pelas riquezas culturais, pela simplicidade dos gestos rurais, do encontro do homem do campo com a natureza, dando musicalidade ao vento, e leveza nos gestos simples do cidadão piracicabano. Resistindo ao tempo essa cultura sobrevoou até nossos dias, enfocando ainda mais as manifestações culturais, oferecendo a quem nos visita, o elo de ligação do passado com o presente. O modo caipira de ser apaixona a todos, enfeitiçando os olhos e o coração daquele que, desavisado aproxima-se de seu convívio: O café quentinho feito no coador de pano, o “pito” de palha, com fumo de corda no canto da boca, o chapéu de palha esgarçado pelo tempo, as botas barrentas da labuta diária, a casa com uma boa “acolhida” com um fogãozinho a lenha sempre aceso, enfim tudo o que representa nossa cultura tem como raiz o caipira: o caipiracicabano.

Marinheiro

Devoção, emoção, gratidão eterna à fé, são os Irmãos do Divino, marinheiros que carregam junto ao remo ou ao varejão a fé e o amor a Santíssima Trindade. Navegam sempre em direção ao horizonte, com os olhos sempre voltados às suas crenças, fazendo da Festa do Divino Espírito Santo a morada de tudo que lhe é valoroso. A bordo de seus pensamentos carrega a esperança de recriar tudo que possa fazer parte dessa maior comemoração religiosa popular.

Pescador

O real e o mítico confundem-se na existência do pescador, que agilmente se dependura nas barrancas do rio, trazendo à tona suas esperanças aliada ao fruto das pescarias. Com auxilio de sua vara de pescar, a isca é lançada às águas barrentas, procurando o fruto do ventre do Piracicaba. Morador eterno da Rua do Porto, é o pescador preso pelo umbigo ao rio que margeia o útero de Piracicaba. Nunca sonha com águas cristalinas, pois sabe que de seu leito o vermelho da terra mistura-se com suas águas, dando sua característica achocolatada.Ontem acolhia em seus bornéis, dourados, mandis, piranhas, pintados, piava, cascudos, lambaris, fazendo dessa colheita um troféu maior que é orgulhosamente exposto a todos em sua volta. Hoje o pescador sonha com o retorno dessa riqueza, com a volta da lida pesqueira, sempre alimentando esperanças do novo alvorecer do Rio Piracicaba. Numa eterna piracema de amor pela terra em que vive.

Bonecos do Elias

Elias Rocha, eterno morador da Rua do porto. Nascido a três de agosto de 1931, cresceu e viveu ao redor do Rio Piracicaba. De família simples e dependente da pesca para a alimentação diária, Elias tornou-se um defensor do meio ambiente. Iniciou a confecção de bonecos fazendo o primeiro para uma menina e depois, o “Judas” para a criançada da Rua do Porto. De material usado ou retirado dos lixões como luvas, tênis, capacetes, roupas, tronco de árvores, espumas, couros e outros, Elias cria a figura humana do adulto e da criança, representando a defesa de seu habitat natural. Ao longo do tempo, transformou os bonecos em representantes dos pescadores às margens do Rio Piracicaba, como documento presente da sua piscosidade e belezas naturais, e também, como protesto pela propagada morte deste rio, causada pela poluição e desvio de suas águas pelo Projeto Cantareira.
Em 1989, é convidado à expor seus bonecos na Casa do Povoador, dando início ao acervo permanente montado em função de datas comemorativas. Desde então, os bonecos participam de passeatas ecológicas, teatros, eventos escolares, decorações de vitrines comerciais, lançamento de produtos industriais, shows de música populares, sempre enfatizando a cultura popular e o folclore piracicabano.Registrados por turistas de todo o Brasil, os bonecos são hoje conhecidos pela maioria dos países de todos os continentes. Também fazem parte de acervos de museus sendo, Museu do Folclore de Curitiba - PR, Museu de Folclore Rossini Tavares de Lima - SP, Instituições Culturais, acervos particulares no Brasil e Exterior, Instituições Escolares, Comerciais e Industriais.O que era criação despreocupada, passou a ser visto e reconhecido como arte popular, projetando em grande escala o nome de Piracicaba e sua árdua luta para salvar da morte, o seu amado rio.

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