O macaco e a onça
O macaco andou fazendo pouco-caso da onça.
__ Vou dar cabo deste danado – pensou a onça, por conta!
E fez correr o boato que havia morrido. O macaco ficou louco para ver a defunta. Mas como sempre, estava desconfiado:
__ Hum! Esta morte não me cheira bem...
Foi chegando à casa da onça e viu os parentes dela chorando. Bem a salvo, pendurado num galho de árvore, indagou:
__ A falecida onça já espirrou?
__ Por quê? – perguntaram os parentes.
__ Ora, quem morre sempre dá o seu último espirro... – comentou ele, matreiro.
A onça ouvia tudo. Fingia-se de morta para agarrar o danado do macaco. E, caindo na conversa dele, tratou de espirrar:
__ Atchim!
E o macaco? Safou-se, gritando:
__ Está viva, marota! Onde já se viu defunto espirrar?
A onça levantou-se, furiosa; e o macaco continuou a dizer-se mais esperto do que ela.
Conto popular adaptado por Maria Thereza Cunha de Giácomo
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